Cinco Excelentes Filmes Cults, Quase Desconhecidos

 

5  – Os Sonhadores

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Como uma homenagem à chegada da contracultura no cinema, mais especificamente a chegada da contracultura no cinema francês, “Os Sonhadores” do Diretor Bertolucci -mesmo diretor de “Último Tango em Paris” – consegue reproduzir os ideais estéticos, estilísticos e temáticos desse período mítico do cinema, chamado de Nouvelle Vague. Cinefilia, sexualidade libertária, engajamento intelectual, engajamento político e juventude são marcas registradas desse período e estão muito bem empregadas no filme.

4 – Os Mestres do Tempo

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Este filme é de um dos diretores mais lado “B” do lado “B” dos diretores de animação, René Laloux. De nacionalidade Francesa, teve um ímpeto criativo que ajudou a mudar a perspectiva diante das animações, que têm possibilidades estéticas ainda maiores que o cinema tradicional, apesar de pouco aproveitadas. Suas animações discutem questões ontológicas, existenciais e metafísicas de uma maneira poética através da ficção científica, com viés fantástico.

3 – Princesa Mononoke

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Por falar em animação, Hayo Miyazaki, diretor Japonês, se destaca como um dos maiores realizadores da atualidade. Em sua carreira, existem filmes como “A Viagem de Chihiro”, que com um orçamento de apenas 15 milhões de dólares faturou nos cinemas quase 300 milhões de dólares, e “Meu Amigo Totoro”, que serviu de inspiração para todas as produções da Pixar e as produções da Disney da década de 90, seu maior momento (Só para ter uma noção, a Disney na década de 90 produziu “Rei Leão”, “Mulan”, “A Bela e a Fera”, “Tarzan”, “Bernardo e Bianca”, “Hércules”, “Pocahontas” e “O Corcunda de Notre Dame”). Hayo Miyazaki, assim como Laloux, abriu as formas da animação, chegando a produzir uma biografia real aos moldes desse gênero, o filme “Vidas ao Ventos” de 2013. Indicado três vezes ao Oscar de Melhor Animação, o que é muito difícil para uma produção estrangeira, e vencedor no principal prêmio do Festival de Berlim, o que é muito difícil para uma animação, Miyazaki entrará para história como um dos grandes cineastas. Como curiosidade, seus filmes, de maneira direta ou indireta, lidam com a dor do amadurecimento, a dor de ter que abdicar da inocência infantil para entrar na vida adulta.

2 – O Homem de Palha

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Esse é um filme incomum. Talvez um dos únicos longas que falem de misticismo e relativismo cultural de uma maneira inteligente e instigante. A sinopse é: um policial puritano, ainda virgem, vai investigar a morte de uma criança em uma ilha do Reino Unido. Mas essa não é uma ilha comum. Seus habitantes compartilham uma cultura pagã, então o sexo, por exemplo, não é algo proibido, sendo praticado ao ar livre, o que gera um conflito moral no personagem principal. O filme consegue reproduzir com fidelidade como eram os costumes pagãos. E seu clímax é a chegada do Homem de Palha.

1 – The Rocky Horror Picture Show

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Para mim, The Rocky Horror é o filme mais maneiro da história do cinema e um dos meus preferidos, se não for meu preferido. Sem dúvidas esse é o longa mais cult entre os cults de todos os tempos. Sendo do gênero musical, com ótimas músicas, aliás, que são reproduzidas pelos seus fãs até hoje (inclusive, o seriado Glee e o filme “As Vantagens de ser Invisível” reproduziram algumas dessas cenas musicais), o longa mistura um humor sarcástico com a atmosfera paródica que faz referência à vários filmes lado “B” da década de 50 e 60, como as ficções científicas. Quando foi lançado, ele teve uma recepção muito tímida, com baixa bilheteria. Durante os anos posteriores, sua popularidade foi aumentando. Hoje, ele é considerado pelo Guinness Book como o filme que ficou mais tempo em cartaz do cinema (foram 42 anos) e está sendo exibido até hoje em uma sessão à meia noite – sessão destinada à filmes de baixo orçamento – em uma cinema da Inglaterra. Até agora o filme faturou 140 milhões de dólares.

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